ex prefeito de São José de Ribamar José Eudes Sampaio
Durante audiência conduzida pelo Supremo Tribunal Federal (STF), o ex-prefeito de São José de Ribamar, José Eudes Sampaio Nunes, prestou um depoimento que mudou completamente o rumo das investigações sobre o suposto esquema de desvio de emendas parlamentares.
Eudes, cuja denúncia havia sido o ponto de partida da apuração, afirmou categoricamente não ter recebido emenda ou recurso indicado pelo deputado federal Josimar de Maranhãozinho (PL-MA), tampouco ter mantido qualquer tipo de contato com o parlamentar.
Na sessão, acompanhada por membros do Ministério Público Federal (MPF), Eudes Sampaio explicou que não houve repasse identificado como proveniente de parlamentares e que os valores recebidos pelo município estavam devidamente registrados como recursos institucionais de bancada, sem a indicação nominal de nenhum deputado.
Ainda segundo o ex-prefeito, os valores creditados à prefeitura decorreram de projetos regulares apresentados pela gestão municipal e não apresentavam vinculação com qualquer nome parlamentar, o que foi confirmado pelo próprio secretário de Saúde do município à época.
Durante o depoimento, Eudes detalhou que os protocolos de solicitação de recursos haviam sido realizados de forma institucional, com transparência e dentro da legalidade. Ele também ressaltou que, ao questionar a origem dos repasses, recebeu como resposta que não havia identificação de autoria individual de emenda — reforçando que se tratavam de liberações de natureza técnica, e não política.
“Quando o recurso caiu, eu liguei para o secretário de Saúde e perguntei. Ele disse que não havia nome de parlamentar algum. Talvez fosse de bancada, mas nada constava no sistema”, relatou.
A fala do ex-prefeito derruba a tese central de que Josimar de Maranhãozinho teria direcionado emendas em troca de vantagens, como chegou a ser apontado em fases iniciais da investigação.
Com os novos depoimentos — especialmente o de Eudes Sampaio, que nega os fatos que motivaram a denúncia original —, o processo sofre uma reviravolta e reforça o argumento de que não houve prova material de desvio ou direcionamento ilegal de recursos.
O desfecho da oitiva no STF fortalece a tese de que as acusações contra Josimar de Maranhãozinho carecem de sustentação fática, e que a origem institucional dos repasses deve ser considerada no âmbito técnico, sem vinculação pessoal com o parlamentar.
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Créditos: Blog do Luis Pablo








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